sábado, junho 21, 2025
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
Inicial Politica

Funai defende produção em terras indígenas; oposição denuncia “política anti-indigenista” do órgão

por marceloleite
11 de agosto de 2021
no Politica
0
Funai defende produção em terras indígenas; oposição denuncia “política anti-indigenista” do órgão
0
Compartilhamentos
8
Visualizações
Share on FacebookShare on Twitter

11/08/2021 – 21:21  

O presidente da Funai, Marcelo Xavier, defendeu, na Câmara dos Deputados, a exploração econômica de terras indígenas e rebateu críticas e denúncias internacionais contra o órgão. Já a oposição acusou o governo de implementar “política anti-indigenista”. O debate ocorreu, nesta quarta-feira (11), em audiência conjunta das Comissões de Direitos Humanos e de Fiscalização Financeira e Controle.

PUBLICIDADE

Gustavo Sales/Câmara dos Deputados

Marcelo Xavier: “Ninguém está falando de grandes empreendimentos”

Xavier mostrou várias ações do que chamou de estratégia de “autonomia e protagonismo indígena” e defendeu a aprovação do projeto de lei (PL 191/20) que permite a exploração mineral em terras indígenas. Esse tema também é tratado na Câmara por meio de outra proposta polêmica (PL 490/07 e apensados), recentemente aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para o presidente da Funai, a atividade produtiva pode ocorrer de forma sustentável nessas áreas.

“Ninguém está falando de grandes empreendimentos e de pegar uma terra indígena inteirinha e produzir nela. São pequenas porções em áreas que já estavam antropizadas”, explicou Xavier. E continuou: “Estamos evoluindo, dentro da Funai, em permitir a viabilidade de inclusão das terras indígenas no programa REDD+ [Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação florestal] e no crédito de carbono, com a possibilidade de gerar renda para eles mantendo a floresta em pé.”

Marcelo Xavier também mostrou o apoio da Funai à produção de arroz e soja em terras Pareci, Nambikwara, Manoki e Xavante, no Mato Grosso, além de experiências com o plantio de café, banana e castanha entre os Suruí e os Cinta Larga, em Rondônia. A Funai apresentou um vídeo no qual Edson Bakairi, da Cooperativa dos Agricultores e Produtores Indígenas do Brasil (Coopaibra), apoia as ações do governo.

“Hoje, nós, indígenas Bakairi estamos integrados em uma sociedade onde a tecnologia e a globalização já chegaram e precisamos gerar renda para as nossas comunidades. Não é mais como era no passado.”

Gustavo Sales/Câmara dos Deputados

Para Joenia Wapichana, decisão da Funai legitima a grilagem

Já a coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas, deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), criticou a instrução normativa da Funai (IN-9/20) que, segundo várias entidades indigenistas, legitima a grilagem e permite a emissão de títulos de propriedade para os invasores das terras. Joenia também questionou a redução do orçamento e da estrutura da Funai, além do que chamou de paralisia das demarcações e homologações de novas áreas.

“Concordamos que deve ter projetos e programas que incentivem e encorajem a produção indígena. No entanto, existe um direito que é principal para isso e sobre o qual há muita preocupação, que é o direito à terra. A gente vê que existem pendências na linha da demarcação e da proteção das terras indígenas”, afirmou.

Segundo Xavier, estão pendentes de homologação cerca de 10 milhões de hectares de terras indígenas delimitadas e declaradas e ainda existem 493 pedidos de novas áreas em fase inicial e 120 em estudo. Ele admitiu que há insegurança jurídica sobre o tema e que a Funai aguarda uma decisão final do Supremo Tribunal Federal para retomar as demarcações. Um dos deputados que sugeriu o debate, Leo de Brito (PT-AC), tem pouca expectativa quanto a essa retomada.

“Tinha o Ricardo Salles, que era o antiministro do Meio Ambiente e espero que a Funai não seja o órgão anti-indígena, como é uma prática”.

Inquérito contra lideranças
Vários deputados da oposição também criticaram o presidente da Funai pela denúncia do órgão que levou a Polícia Federal a abrir inquérito contra os líderes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara, e da Associação Metareilá, Almir Suruí. Xavier, que também é policial federal, viu “difamação” e “dados inflados” contra o governo nas críticas internacionais que essas lideranças fizeram ao enfrentamento da pandemia de Covid-19 entre os indígenas.

“O que me preocupa muito são as manifestações de algumas entidades descambando até para uma certa má-fé, colocando como se a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) e o Exército brasileiro tivessem levado o vírus para dentro das aldeias. Tem locais aqui com 95% de vacinação; a taxa de letalidade do índio é de 2,1% e a do não-indígena é 2,9%”, disse.

Segundo Xavier, a Funai aplicou R$ 50 milhões em ações preventivas nas aldeias, além de R$ 235 milhões, via medida provisória, na criação de barreiras sanitárias. “Onde está o genocídio? Genocídio eu sei onde tem: é na Venezuela”, afirmou. De acordo com ele, a situação dos indígenas venezuelanos recebidos na Operação Acolhida, em Roraima, é precária.

O inquérito contra Sônia Guajajara e Almir Suruí foi arquivado. Para a deputada Vivi Reis (Psol-PA), a investigação só teve o intuito de criminalizar e intimidar as lideranças indígenas contrárias ao governo.

“A Funai fechou as portas para as lideranças indígenas. O discurso está realmente muito afinado com o projeto da bancada ruralista e do agronegócio. Queremos que também se faça um espaço amplo de escuta das lideranças e não só de alguns indígenas que, na verdade, estão cooptados com um projeto de garimpeiros e de grileiros”, afirmou a deputada.

Incentivo para produção
Vários integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária discursaram em defesa da atual política indigenista do governo. Para o deputado Neri Geller (PP-MT), os indígenas devem ser incentivados a produzir “dentro dos limites da lei e da sustentabilidade”

“Não pode mais existir, no Brasil, bolsões de pobreza como existem hoje, com os indígenas passando fome. Temos que trazer esse pessoal para dar a eles o direito de escolher a forma de desenvolvimento que eles querem”.

Coordenador da frente da agropecuária, o deputado Sérgio Souza (MDB-PR) pediu solução definitiva para as polêmicas em torno das demarcações de terras indígenas, a fim de se garantir a segurança jurídica da produção agropecuária.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Ana Chalub

Assuntos: Câmara Federalúltimas notícias
marceloleite

marceloleite

Próxima notícia
Governo do Amazonas inicia oferta de vacina em maternidades para grávidas não imunizadas

Governo do Amazonas inicia oferta de vacina em maternidades para grávidas não imunizadas

Recommended

Encontro Ecológico Feminino de Capoeira acontece de sexta-feira (26/4) a domingo (28/4), com Campeonato Aquático da modalidade

6 anos ago

Aposentados poderão ter 50% de desconto nos medicamentos, analisa CAS

6 anos ago

Popular News

    Connect with us

    • Principal
    • Política
    • Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Judiciário
    • Economia

    Sem resultados
    Visualizar todos os resultados
    • Principal
    • Política
    • Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Judiciário
    • Economia