01/04/19 12h22
Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), grupo do qual o Sebrae faz parte desde sua fundação, debateu caminhos da inovação para o desenvolvimento econômico
Agência Sebrae de Notícias
O Brasil precisa fortalecer a capacidade de inovação das indústrias instaladas no país para retomar o caminho do desenvolvimento econômico. Esta é a conclusão da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que reuniu representantes do setor privado e do governo na manhã desta sexta-feira (29), em São Paulo. O Sebrae é membro do grupo desde sua fundação, há dez anos.
Inovar não é uma tarefa exclusiva de indústrias já consolidadas. Os pequenos negócios podem ser grandes provedores de novos produtos e serviços para a economia, segundo o presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), João Henrique de Almeida Sousa. “Se engana quem pensa que a inovação está restrita a laboratórios de grandes marcas conhecidas no mercado. Os pequenos negócios podem e devem investir em inovação”, completou o presidente.
Durante o evento, autoridades do governo e representantes da indústria apresentaram dados que colocam o Brasil em perspectiva com outros países reconhecidos pela capacidade de desenvolver novas tecnologias. Os valores mais atualizados mostram que o Brasil investiu 1,2% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, a chamada P&D, em 2017. No mesmo período, a Coreia do Sul destinou 4% de seu PIB à área.
Além do volume de recursos em pesquisa, a complexidade regulatória foi apontada como outra área a ser aprimorada. Patentes fruto de pesquisas desenvolvidas no Brasil nem sempre são registradas no país e acabam emigrando para outras nações mais atrativas a este tipo de registro. De 2013 até janeiro deste ano, pesquisas nacionais renderam 455 registros de patentes nos Estados Unidos e apenas 55 no Brasil.
A MEI estabeleceu sete prioridades para tornar o Brasil um país inovador. São elas: melhoria da qualidade da educação, capacitação de profissionais, desenvolvimento de longo prazo, criação de infraestrutura adequada para ciência, tecnologia e inovação, reestruturação do sistema de financiamento, modernização do marco legal e avaliação da eficácia das políticas em vigor.