O senador Paulo Paim (PT-RS) advertiu nesta terça-feira (2) para os efeitos de uma possível transição do atual modelo de Previdência Social, de repartição, para o de capitalização, como determina a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 6/2019) enviada pelo Executivo. A mudança, para o senador, representa o fim da Previdência Social e trará insegurança ao trabalhador que aderir ao sistema de poupança individual que será gerido por um fundo de investimento privado. A PEC tramita na Câmara dos Deputados.
— [A reforma] é idêntica à que foi aplicada no Chile. O Chile é o melhor exemplo. (…) Pensem bem, pessoas que durante 30 anos entraram na poupança individual e foram ver agora na hora de se aposentar o fundo de investimento errou na aplicação e eles vão ganhar R$ 200, R$ 400, R$ 500 por mês — alertou.
Paim criticou a falta de esclarecimentos por parte do governo. O senador pediu o comparecimento do ministro da Economia, Paulo Guedes, a uma sessão temática no Plenário sobre a reforma da Previdência. Paim também pediu a Guedes que debata o assunto na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que preside. O senador também sugeriu à população que estude as mudanças propostas pelo governo e, principalmente, os efeitos do regime de capitalização de Previdência.