O senador Paulo Paim (PT-RS) disse em Plenário, nesta terça-feira (4), estar indignado com o prazo reduzido que os senadores tiveram para analisar a Medida Provisória (MPV 871/2019) que define mecanismos de combate às fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), aprovada na véspera pelo Senado.
Segundo ele, o formato da sessão impediu que os senadores se posicionassem em relação à matéria que, segundo o parlamentar, vai prejudicar ainda mais os trabalhadores, sobretudo os mais pobres.
O senador disse que não acredita que o governo vá vetar o trecho da MP que permite a quebra de sigilo fiscal de beneficiários da Previdência Social. Paim lamentou ainda que muitos tentem convencer a população de que, quem foi contrário à medida provisória, é contra o Brasil e não quer combater a fraude.
— Nós queremos é combater a fraude, sim, mas combater a fraude de todos, de quem ganha o salário-mínimo, mas de quem ganha também lucros fabulosos de bilhões e não paga a Previdência, desvia o dinheiro, apropriação indébita. Digo de novo: R$30 bi por ano que eles descontam do trabalhador e não repassam — alertou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)