As mais de 30 Unidades de Conservação (UCs) federais abertas à visitação receberam 12,4 milhões de visitas em 2018. Além de recorde, o número representa um aumento de 6,15% na comparação com 2017, quando as UCs registraram 10,7 milhões de visitas. O número vem crescendo desde 2012, ano em que foram computadas 5,7 milhões entradas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O campeão de público, com 2,6 milhões de visitas, foi o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. O Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, ficou em segundo lugar, seguido pelo Parque Nacional de Jericoacoara (CE) com 1,89 milhão e 1,09 milhão de visitas, respectivamente.
O aumento da movimentação também teve impacto econômico nas localidades próximas aos parques. O estudo do ICMBio mostrou que, em 2017, os visitantes gastaram cerca de R$ 2 bilhões nos municípios do entorno das Unidades de Conservação. Com isso, foram gerados cerca de 80 mil empregos diretos, R$ 2,2 bilhões em renda, outros R$ 3,1 bilhões em valor agregado ao Produto Interno Bruto (PIB) e mais R$ 8,6 bilhões em vendas. Os resultados mostram que a cada R$ 1 real investido R$ 7 retornam para a economia do País. O ICMBio divulgará, em março deste ano, os resultados econômicos da visitação de 2018.
Além dos parques nacionais, outras categorias de Unidade de Conservação também receberam um volume maior de visitantes no ano passado. Entre elas, estão a Reserva Extrativista do Arraial do Cabo (RJ), com 1,15 milhão de visitas, e o Monumento Natural do São Francisco, com mais de 658 mil visitas. Os parques, no entanto, são a categoria mais visitada, concentrando 71% da visitação.
Melhoria da infraestrutura
Para o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Adalberto Eberhard, o aumento das visitas deve continuar e é decorrente do maior interesse das pessoas pelo meio ambiente e por experiências na natureza. Contudo, ele pondera que o trabalho de organização das unidades faz toda diferença.
“Houve um forte trabalho de estruturação dos parques nacionais, com capacitação das equipes técnicas, diversificação das oportunidades de recreação e melhora na infraestrutura, sempre considerando os aspectos de conservação do meio ambiente e o bem-estar do visitante”, diz Eberhard.
De acordo com o coordenador de ecoturismo do ICMBio, Paulo Faria, outra medida de destaque foi a sinalização e o manejo de trilhas, o que possibilitou o aumento da oferta de atividades e práticas esportivas, como caminhadas, cicloturismo, observação de aves, atividades educativas e aquáticas, para citar as mais populares. Um exemplo é a Floresta Nacional de Brasília, que ganhou uma rede de trilhas com quilometragens que variam de 6 a 36 km, desenhadas para diferentes públicos.
No site do ICMBIO, é possível encontrar a lista completa das unidades abertas à visitação e os horários de funcionamento.
Fonte: ICMBio