A polêmica sobre o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) já surgiu entre os deputados antes mesmo do início da votação em Plenário da Medida Provisória 870/19, que reestrutura os ministérios do governo Bolsonaro.
O Coaf fazia parte do Ministério da Fazenda até o fim do governo Temer. A MP transferiu o órgão para o Ministério da Justiça, comandado por Sérgio Moro, mas a comissão especial decidiu devolver o órgão para a equipe econômica e o colocou no Ministério da Economia.
O deputado Diego Garcia (Pode-PR) disse que colocar o Coaf sob responsabilidade de Moro é uma reivindicação popular, em defesa do combate à corrupção. “Vamos aumentar a revolta da sociedade contra o Congresso. Essa mudança em nada vai agregar os trabalhos já desempenhados pelo Ministério da Justiça”, declarou.
O deputado Célio Silveira (PSDB-GO) prometeu votar “tudo o que for necessário para o País crescer e se desenvolver, inclusive a questão do Coaf, que se tornou nacional”. A afirmação foi rebatida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para quem colocar o Coaf na Economia ou na Justiça não é relevante para a economia do País.
“O Coaf não vai fazer o Brasil crescer. Temos 20% da população cozinhando com lenha e carvão, é se preocupando com essas pessoas que vamos fazer o Brasil crescer”, afirmou Maia.
Para o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), o governo está usando a MP 870 para criar uma “falsa polêmica”. “Os maiores adversários do governo são as disputas e brigas entre membros da própria administração federal”, apontou Braga. Ele se refere às frequentes crises geradas após postagens em redes sociais de integrantes do governo e de parlamentares do partido do presidente (PSL).
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