Rogério Caboclo falou sobre temas como os desafios da temporada por conta da pandemia, arbitragem e o calendário das competições.
O Prêmio Brasileirão 2020 foi realizado na noite desta sexta-feira (26), na sede da CBF, no Rio de Janeiro (RJ). Na abertura da premiação, o Presidente da Confederação, Rogério Caboclo, fez um discurso abordando vários temas relacionados ao futebol brasileiro. Em um ano atípico, por conta da pandemia de Covid-19, o dirigente falou sobre os desafios da temporada, arbitragem e o calendário das competições.
“Foi um ano de superação de todos. E foi um recorde de investimentos da CBF no futebol. Se habitualmente a CBF investe R$ 500 milhões em fazer futebol, este ano foi muito além. Entregamos todas as competições planejadas”, destacou.
No ano passado, a CBF disponibilizou uma ajuda financeira aos árbitros por conta dos períodos sem jogos. Os mais de 400 integrantes aptos do quadro nacional receberam antecipadamente duas parcelas de auxílio, calculadas a partir da taxa de arbitragem paga para cada uma das categorias. Ao abordar o tema no discurso, o Presidente Rogério Caboclo fez questão de demonstrar toda a confiança que deposita no quadro da CBF.
“Na verdade, não existe prejudicado ou clube favorecido. Se tem uma classe isenta, que aposto, é uma classe que pertence ao time da CBF. São profissionais que merecem todo o nosso respeito. É a classe da arbitragem”, afirmou.
Presidente Rogério Caboclo durante discurso de abertura do Prêmio Brasileirão 2020
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
O Presidente Rogério Caboclo demonstrou solidariedade pelas vítimas do Covid-19 e destacou o investimento de aproximadamente R$ 30 milhões com os mais de 80 mil testes realizados pela entidade em busca de segurança para as competições. Um dos destaques do Brasileirão Assaí 2020 foi o Craques da Saúde. Lançada pela CBF no início da competição, a ação foi realizada em parceria com a FIAT e doou uma ambulância equipada com itens de série específicos para o transporte seguro e rápido de pacientes para cada um dos 27 estados do país. Este é um dos grandes orgulhos da CBF nesta temporada.
“Entregamos 27 ambulâncias para os hospitais dos 27 entes federativos que mais salvaram vidas do Brasil. Entregamos a chave a cada um deles. Nosso respeito e admiração a TV Globo, que colocou isso no ar, ao vivo, e mostrou o quanto isso é importante, engajando outras entidades a fazerem o mesmo. Ou outras opções de atividades, doando ambulâncias, ou serviços médicos. Mas o fato é que são essas pessoas que salvam vidas”, acrescentou Rogério Caboclo, que também prestou uma homenagem aos médicos e enfermeiros: – Reafirmo a gratidão do futebol brasileiro aos profissionais da saúde. São essas as pessoas chave deste mundo. Eles tem um coração que, eu confesso, gostaria de ter. Queria estar lá, queria ser uma pessoa da linha de frente. Queria não ser o Presidente da CBF e ter o orgulho de poder morrer para salvar alguém.
A retomada dos jogos após a paralisação por conta da pandemia de Covid-19 foi um verdadeiro desafio para os clubes e a organização. Ao falar sobre o calendário, o Presidente da CBF destacou que nenhuma competição deixou de ser realizada nesta temporada 2020.
Rodolfo Landim, Presidente do Flamengo, Diego Ribas, capitão do Rubro-Negro, e Rogério Caboclo, Presidente da CBF
Créditos: Thais Magalhães/CBF
“Nós provamos que unidos somos capazes de superarmos todas as adversidades. As nossas competições foram mantidas e, mais importante do que isso, decididas dentro de campo. Nós entregamos todas as competições que estavam planejadas. Todas as partidas contratadas pelos clubes. Os clubes jogam o número de partidas que os clubes contrataram. O clube que joga 80 partidas significa que ele assinou por 80 partidas. E a CBF transforma isso em calendário. Não existe calendário irracional feito pela CBF”, acrescentou.
Ao abordar o futebol feminino, Rogério Caboclo destacou a organização das duas divisões do Brasileirão, o A-1 e o A-2. O dirigente chamou atenção para a evolução da modalidade com o passar dos anos.
“Pela primeira vez eu tenho orgulho de dizer que as mulheres assumiram o futebol feminino na CBF. Nas competições e nas seleções. Hoje quem coordena as seleções femininas é uma mulher. A treinadora feminina é uma das mais vencedoras do mundo e é uma mulher”, enfatizou.