A palestra “Dez anos construindo pontes entre o Brasil e a China” fez parte da programação de inauguração da sede do Instituto Confúcio na Unesp/Ufam na manhã da última sexta-feira, 17. Proferida pelo diretor do Instituto, professor Luís Antonio Paulino, o evento ocorreu pela parte da tarde, no auditório Rio Jatapu da Faculdade de Educação (Faced), localizada no Setor Norte do Campus Universitário.
Relatar sobre a trajetória da Instituição e o fortalecimento entre Brasil e China foi o objetivo da palestra, que contou com a presença da titular da Assessoria Relações Internacionais e Interinstitucionais (ARII), professora Leda Brasil, do pró-reitor de Inovação Tecnológica, professor Waltair Machado, do diretor da Faculdade de Letras (Flet), professor Wagner Barros, e do coordenador do Curso de Língua Inglesa, professor Sérgio Armstrong Silva, além dos professores de Mandarim Lyu Jieqiong (Estela) e Bai Zhipeng (Bernado).
A palestra
No início de sua fala, professor Luis Antonio agradeceu aos professores Leda Brasil e Wagner Barros pelo convite e, dando prosseguimento, disse que o Instituto Confúcio é uma organização ligada ao Governo Popular da China, mas especificamente ao Ministério da Educação daquele país. Comparável a outras instituições de ensino de língua estrangeira como a Aliança Francesa (AF), o Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos (ICBEU) e outros, o Instituto está vínculo a duas Universidades, a Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”(Unesp)” e a Hubei, na China.
Ele disse que a parceria estabelecida com a Ufam é um passo para que ela possa criar seu próprio Instituto. No entanto, o convênio firmado compartilha recursos como, por exemplo, material didático e professores nativos para que se possa iniciar estudo da língua chinesa. Nesse sentido, o docente definiu a missão do Instituto, que é o ensino da língua chinesa, a divulgação da cultura e da história da China e o fortalecimento do intercâmbio cultural e acadêmico entre os dois países.
As razões são várias para manter o intercâmbio cultural com aquele país asiático. Paulino destacou os fatores principais, como o potencial econômico e científica da China; colocando o Brasil sendo principal parceiro comercial e, consequentemente, a China como maior investidor externo nas mais diversas áreas.
O diretor do Instituto acredita que, à medida que a China se transforma na grande potência econômica mundial, seus interesses passam a ser projetados em outros países, pois, apesar de ser um país rico, fica dependente de importações, exigindo que países exportadores aprofundem suas relações. “Então, o Instituto se encaixa nesse sscopo”, disse Paulino. O palestrante acredita que, por meio dessa entidade de ensino do mandarim, seja possível facilitar a interlocução entre as pessoas. “As comunicações e as relações institucionais perpassam pelo contato entre pessoas”, falou o docente, afirmando que “a gente sabe que um dos aspectos essenciais da relação interpessoal é a língua”.
O Instituto Confúcio mantém parcerias com 10 universidades brasileiras, recentemente estabeleceu convênio com a Universidade Federal do Maranhão (UFM) e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do mesmo estado, além da Ufam, totalizando 12 unidades nos estados da federação. “O instituto Confúcio é um espaço de interlocução, de confiança e de relacionamentos para que as pessoas possam se comunicar, trocar ideias e debater, possibilitando a criação de um caminho de mão dupla, viabilizando a comunicação conosco”, completou o Paulino.
“A gente fica feliz por estar contribuindo com a Ufam; ou seja, por criar canais de comunicação, sobretudo, em nível interpessoal, e a língua é essencial nesse processo”, finalizou o palestrante.
Certificação
Após a apresentação e os questionamentos dos presentes, a assessoria da ARII, professora Leda Brasil, e o diretor da Flet, professor Wagner Barros, entregaram o certificado de participação do professor palestrante. Na ocasião, a assessora agradeceu pela excelente palestra e ter ficado surpresa por saber dos locais em que o Instituto tem sede, parabenizando o diretor pela riqueza administrativa que vem desenvolvendo à frente da Instituição.
Em seguida, o diretor da Flet completou: “não se passa por uma janela, mas é uma porta que está sendo escancarada para que nós possamos ter acesso à cultura e à língua chinesas e ter possibilidades melhores com a China”.
Sobre o palestrante
Luís Antonio Paulino é professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) da Faculdade de Filosofia e Ciências, Campus Marília/Unesp, no curso de graduação Internacional e Pós-Graduação em Ciências Sociais. Possui graduação em Engenharia pela Faculdade de Engenharia Industrial (1997), mestrado em Economia e Finanças Públicas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 1992 e doutorado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É diretor do Instituto Confúcio na Unesp, membro do Conselho da Matriz do Instituto, em Pequim e supervisor convidado da Universidade de Hubei. Foi assessor especial do Ministério da Fazenda, em 2003, secretário adjunto da Secretaria de Coordenação Política Institucionais da Presidência da República (SCPIPR), em 2004/2005, e chefe da assessoria do Ministério do Esporte (ME), em 2012/2014.