O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) e o Ministério Público de Contas (MPC) efetuaram vistoria, na manhã de hoje (2), no local do derramamento de camada asfáltica no rio Negro, próximo ao porto de São Raimundo. A contaminação ocorreu na madrugada de domingo (31), partindo de um caminhão da empresa Transbetume Comércio e Transporte de Betumes Ltda.
Os técnicos do Departamento de Auditoria Ambiental do TCE (Deamb/TCE-AM) e o procurador do MPC Ruy Marcelo, coordenador de saúde e meio ambiente, identificaram espécimes de peixes mortas devido ao derramamento de betume. Conhecido popularmente como piche, o betume é uma mistura derivada do petróleo e utilizada na composição do asfalto.
A avaliação foi feita desde o início do local do derrame, na avenida Padre Agostinho Martin, até a orla fluvial. Evidenciou-se que o betume está espalhado em centenas de pedaços numa média de 250 metros da orla. A menos de 2 mil metros da orla, localiza-se uma estação de captação de água do Rio Negro, que corre risco de contaminação.
O TCE e o MPC enviaram, após a visita técnica, um ofício com requisição de documentos ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), para verificação dos procedimentos emergenciais a ser adotados. O ofício também pede a verificação do licenciamento ambiental da empresa Transbetume e do Porto de São Raimundo para operacionalização e transporte de produtos perigosos.
“Nossa preocupação é garantir a correção das inconformidades registradas, a recuperação da área e a certeza que a estação de captação de água do Rio Negro, que abastece quatro zonas de Manaus, não seja atingida”, declarou o procurador Ruy Barbosa.
Fotos: Deamb
