IARA SILVA
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No clima do Junho Vermelho, mês de conscientização da doação de sangue, o Portal da Câmara listou as informações necessárias para ser um doador não só de sangue, como de plaquetas e medula óssea.
Sangue
A doação de sangue é um procedimento considerado simples, rápido e que pode ser realizado por grande parte da população. Cada doação pode salvar até quatro vidas.
O sangue é indispensável para pacientes com doenças crônicas graves, como Doença Falciforme e Talassemia, para quem passa por procedimentos e intervenções médicas e para o tratamento adequado de feridos em situações de emergência.
Para doar sangue é preciso ter, por exemplo, entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 quilos, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação, não fumar nas duas horas antes do ato, não estar em jejum e evitar o consumo de alimentos gordurosos 4 horas antes do procedimento.
Por ano, homens podem realizar quatro doações de sangue e mulheres, três.
Clique aqui para consultar um mapa com locais para doação. Também é possível conferir os hemocentros do Estado de São Paulo no site da Fundação Pró-Sangue.
Plaquetas
As plaquetas são células do sangue responsáveis pelo processo de coagulação. Na doação de plaquetas, o sangue é retirado da veia de um dos braços, como na doação convencional, mas passa por um equipamento que retém parte das plaquetas e retorna para o doador, com todos os outros elementos. Todo esse processo, que se chama doação por aférese, leva em torno de uma hora e meia.
Este tipo de doação não requer compatibilidade com o tipo sanguíneo do receptor e pode beneficiar pacientes em tratamento para leucemias e outros tipos de câncer, transplantados de medula óssea, cardíacos recém-operados, e vítimas de trauma.
A reposição das plaquetas pelo organismo é rápida e ocorre em torno de 48 horas. Sendo assim, essa doação pode ser realizada a cada 72 horas, desde que não ultrapasse 24 doações em 12 meses ou quatro doações de plaquetas em 30 dias.
Os requisitos para ser doador de plaquetas são os mesmos da doação de sangue, e acontece inclusive nos mesmos hemocentros, mas atenção. De acordo com o site da Fundação Pró-Sangue, para doar plaquetas é preciso agendar com antecedência e passar por uma avaliação prévia quanto às condições de acesso venoso necessárias para o procedimento. No geral, pessoas com veia mais calibrosas são aptas para este tipo de doação.
Três dias antes da doação, recomenda-se que o doador suspenda o uso de aspirina, AAS ou anti-inflamatórios não hormonais.
Medula Óssea
A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa a parte interna dos ossos e é responsável pela produção de leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas. O primeiro passo para quem deseja ser um doador de medula é procurar um hemocentro e realizar o cadastro como possível doador no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Além dos dados pessoais, é coletada uma amostra de 5 ml de sangue para identificação de características genéticas fundamentais para a compatibilidade do transplante. Quando um paciente compatível é identificado, o doador é comunicado para marcar o transplante.
Podem receber o transplante de medula pacientes de doenças que comprometam a produção de células sanguíneas, como a leucemia, portadores de aplasia de medula óssea e os que tenham síndromes de imunodeficiência congênita.
Os requisitos para tornar-se um doador são os mesmos da doação de sangue e plaquetas.
Doações na pandemia e vacinação
Com a pandemia da Covid-19, as doações em hemocentros de todo o país recuaram drasticamente na medida em que o combate ao novo coronavírus ganhou mais importância.
No entanto, para garantir doações seguras e sem riscos de transmissão, os hemocentros adotaram protocolos ainda mais rigorosos de higiene como o uso de máscara, disponibilização de álcool gel, distanciamento entre as poltronas de doação e a possibilidade de agendamento.
Além de todos os requisitos, é preciso também que o doador fique atento às restrições quanto a Covid-19. A Fundação Pró-Sangue, por exemplo, lista os seguintes impedimentos temporários para quem deseja doar:
– Candidatos que apresentaram infecção pela Covid-19 são considerados inaptos por um período de 30 dias, após recuperação clínica completa (assintomáticos);
– Candidatos que tiveram contato direto (domiciliar ou profissional) com casos suspeitos ou confirmados de contaminação por coronavírus devem aguardar 14 dias após o último dia de contato, para realizar a doação de sangue;
– Profissionais da saúde (médicos, enfermeiros entre outros) que trabalham diretamente com pacientes portadores de Covid-19 devem aguardar 14 dias após o último dia de contato, para realizar a doação de sangue;
– Candidatos que foram vacinados contra Covid-19 só podem doar: 48 horas após cada dose (vacina Coronavac, da Sinovac/Butantan); 7 dias após cada dose (vacina Oxford, da AstraZeneca/Fiocruz); e 7 dias após cada dose (vacina da Pfizer/BioNtec).