25 de Agosto de 2021 às 10h40
MPF/AC consegue condenação de traficante boliviano conhecido como “herdeiro de Pablo Escobar”
“Dom Pulo” foi responsável por fazer entrar mais de 500kg de cocaína em território brasileiro
Arte: Ascom/PRAC
O juízo da 1ª vara federal do Acre acolheu parcialmente os pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e condenou a 14 anos de prisão, por tráfico internacional de drogas, o boliviano Jesus Einar Lima Lobo Dorado, conhecido como “Dom Pulo”.
Desde 2017 o MPF havia pedido e conseguido ordem para a prisão preventiva e extradição do traficante, porém a polícia boliviana só cumpriu a prisão em setembro de 2019, e desde então ele esteve em prisão domiciliar em Santa Cruz de la Sierra, até maio deste ano, quando o governo boliviano efetivou a extradição do acusado para o Brasil, onde poderia ser julgado pelos crimes aqui cometidos. Dom Pulo está, desde maio, em prisão preventiva em presídio de segurança máxima em Campo Grande/MS.
Ao determinar a extradição de Jesus Einar, as autoridades da Bolívia chegaram a dizer que ele seria herdeiro de Pablo Escobar, em razão da forte participação de seu grupo no narcotráfico, sendo considerado, por eles, rival à altura do cartel colombiano liderado por Escobar.
Jesus Einar foi denunciado por ceder aviões para o transporte de drogas para o Brasil, em um esquema onde o bando do qual fazia parte arrendava fazendas em região fronteiriça e construía pistas de pouso clandestinas com a finalidade de pousar os aviões, de propriedade de Jesus Einar, carregados com a cocaína originária da Bolívia e Peru.
Na sentença, a juíza responsável pelo processo ressaltou que o inquérito policial, que deu suporte à ação penal, foi instaurado a partir de relatórios de informação do Grupo de Inteligência da Polícia Federal no Estado do Acre, quando foram apresentados fortes indícios do envolvimento de uma organização criminosa com o recebimento, armazenamento e transporte de generosas quantidades de cocaína provenientes de alguma região fronteiriça do Estado do Acre com a Bolívia ou Peru para outros Estados da Federação, na qual a cabeça da organização seria Valéria Silveira da Cruz, brasileira já conhecida da PF como traficante de drogas e que residia em Rio Branco, capital do Acre.
Além de Valéria, outros envolvidos no caso já foram denunciados pelo MPF e condenados pela JF, o caso de Jesus Einar foi desmembrado em razão de particularidades como sua nacionalidade e residência em país estrangeiro.
“Dom Pulo” é acusado, ainda, de participação em outro caso de apreensão de mais de 200kg de cocaína em uma cidade no interior do Acre, com o mesmo modo de operação. Apenas nestes dois casos soma-se mais de meia tonelada de drogas que seriam distribuídas para diversos estados brasileiros.
O traficante deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado, e não poderá apelar da decisão em liberdade. Ele ainda foi condenado a pagar 1400 dias-multa, no valor de 1/30 do salário mínimo mensal vigente no Brasil à época dos fatos, por cada dia multa.
Assessoria de Comunicação MPF/AC
(68) 3214-1430 / 99238-7258
@mpf_ac
25 de Agosto de 2021 às 10h40
MPF/AC consegue condenação de traficante boliviano conhecido como “herdeiro de Pablo Escobar”
“Dom Pulo” foi responsável por fazer entrar mais de 500kg de cocaína em território brasileiro
Arte: Ascom/PRAC
O juízo da 1ª vara federal do Acre acolheu parcialmente os pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e condenou a 14 anos de prisão, por tráfico internacional de drogas, o boliviano Jesus Einar Lima Lobo Dorado, conhecido como “Dom Pulo”.
Desde 2017 o MPF havia pedido e conseguido ordem para a prisão preventiva e extradição do traficante, porém a polícia boliviana só cumpriu a prisão em setembro de 2019, e desde então ele esteve em prisão domiciliar em Santa Cruz de la Sierra, até maio deste ano, quando o governo boliviano efetivou a extradição do acusado para o Brasil, onde poderia ser julgado pelos crimes aqui cometidos. Dom Pulo está, desde maio, em prisão preventiva em presídio de segurança máxima em Campo Grande/MS.
Ao determinar a extradição de Jesus Einar, as autoridades da Bolívia chegaram a dizer que ele seria herdeiro de Pablo Escobar, em razão da forte participação de seu grupo no narcotráfico, sendo considerado, por eles, rival à altura do cartel colombiano liderado por Escobar.
Jesus Einar foi denunciado por ceder aviões para o transporte de drogas para o Brasil, em um esquema onde o bando do qual fazia parte arrendava fazendas em região fronteiriça e construía pistas de pouso clandestinas com a finalidade de pousar os aviões, de propriedade de Jesus Einar, carregados com a cocaína originária da Bolívia e Peru.
Na sentença, a juíza responsável pelo processo ressaltou que o inquérito policial, que deu suporte à ação penal, foi instaurado a partir de relatórios de informação do Grupo de Inteligência da Polícia Federal no Estado do Acre, quando foram apresentados fortes indícios do envolvimento de uma organização criminosa com o recebimento, armazenamento e transporte de generosas quantidades de cocaína provenientes de alguma região fronteiriça do Estado do Acre com a Bolívia ou Peru para outros Estados da Federação, na qual a cabeça da organização seria Valéria Silveira da Cruz, brasileira já conhecida da PF como traficante de drogas e que residia em Rio Branco, capital do Acre.
Além de Valéria, outros envolvidos no caso já foram denunciados pelo MPF e condenados pela JF, o caso de Jesus Einar foi desmembrado em razão de particularidades como sua nacionalidade e residência em país estrangeiro.
“Dom Pulo” é acusado, ainda, de participação em outro caso de apreensão de mais de 200kg de cocaína em uma cidade no interior do Acre, com o mesmo modo de operação. Apenas nestes dois casos soma-se mais de meia tonelada de drogas que seriam distribuídas para diversos estados brasileiros.
O traficante deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado, e não poderá apelar da decisão em liberdade. Ele ainda foi condenado a pagar 1400 dias-multa, no valor de 1/30 do salário mínimo mensal vigente no Brasil à época dos fatos, por cada dia multa.
Assessoria de Comunicação MPF/AC
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