Eleitoral
25 de Agosto de 2021 às 9h47
TSE acolhe recurso do MP Eleitoral e cassa diploma do deputado federal paranaense Emerson Petriv
Votos deverão ser retotalizados e computados em favor do partido do político. Corte determinou que TRE/PR diplome o primeiro suplente da coligação
Arte: Secom/MPF
Atendendo pedido do Ministério Público Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou, na sessão dessa terça-feira (24), o diploma do deputado federal eleito em 2018 pelo Paraná Emerson Miguel Petriv (Pros), conhecido como Boca Aberta. A Corte determinou ainda ao Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE/PR) a diplomação do primeiro suplente da coligação. Os votos atribuídos a Petriv serão retotalizados e computados em favor de seu partido.
Ao deliberarem pela cassação do diploma, os ministros levaram em conta duas causas de inelegibilidade. A primeira relativa ao fato de Petriv ter tido, em 2017, o mandato de vereador cassado pela Câmara Municipal de Londrina (PR), por quebra de decoro parlamentar. A conduta viola o artigo 1º, I, alínea “b”, da Lei Complementar 64/1990. A segunda razão foi a manutenção da condenação criminal imposta ao político, pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), por denunciação caluniosa – violação ao artigo 1º, I, alínea “e”, da mesma LC.
No voto, o relator do caso, ministro Luís Felipe Salomão, lembrou que, às vésperas da disputa eleitoral de 2018, o candidato obteve liminar suspendendo os efeitos do decreto legislativo de cassação do mandato de vereador. No entanto, essa mesma decisão foi derrubada por outras duas, também do TJPR, o que configura inelegibilidade superveniente. “Há duas decisões judiciais, posteriores ao registros e anteriores ao dia das eleições, que restauraram os efeitos da perda do mandato de vereador por quebra do decoro”, frisou o ministro.
Quanto à condenação criminal, Salomão também considerou ser caso de inelegibilidade superveniente. Em acórdão de 13 de setembro de 2018, antes, portanto, das eleições de 7 de outubro de 2018, o TJPR manteve de modo unânime sentença condenatória à pena privativa de liberdade de 2 anos e 6 meses de reclusão e 12 dias-multa, convertida em duas restritivas de direito. “Assim, em se cuidando de condenação anterior à data do pleito, penso que a circunstância do aresto ter sido publicado em 15 de outubro, após as eleições, é incapaz de afastar a inelegibilidade”.
Secretaria de Comunicação Social
Procuradoria-Geral da República
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Atendendo pedido do Ministério Público Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou, na sessão dessa terça-feira (24), o diploma do deputado federal eleito em 2018 pelo Paraná Emerson Miguel Petriv (Pros), conhecido como Boca Aberta. A Corte determinou ainda ao Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE/PR) a diplomação do primeiro suplente da coligação. Os votos atribuídos a Petriv serão retotalizados e computados em favor de seu partido.
Ao deliberarem pela cassação do diploma, os ministros levaram em conta duas causas de inelegibilidade. A primeira relativa ao fato de Petriv ter tido, em 2017, o mandato de vereador cassado pela Câmara Municipal de Londrina (PR), por quebra de decoro parlamentar. A conduta viola o artigo 1º, I, alínea “b”, da Lei Complementar 64/1990. A segunda razão foi a manutenção da condenação criminal imposta ao político, pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), por denunciação caluniosa – violação ao artigo 1º, I, alínea “e”, da mesma LC.
No voto, o relator do caso, ministro Luís Felipe Salomão, lembrou que, às vésperas da disputa eleitoral de 2018, o candidato obteve liminar suspendendo os efeitos do decreto legislativo de cassação do mandato de vereador. No entanto, essa mesma decisão foi derrubada por outras duas, também do TJPR, o que configura inelegibilidade superveniente. “Há duas decisões judiciais, posteriores ao registros e anteriores ao dia das eleições, que restauraram os efeitos da perda do mandato de vereador por quebra do decoro”, frisou o ministro.
Quanto à condenação criminal, Salomão também considerou ser caso de inelegibilidade superveniente. Em acórdão de 13 de setembro de 2018, antes, portanto, das eleições de 7 de outubro de 2018, o TJPR manteve de modo unânime sentença condenatória à pena privativa de liberdade de 2 anos e 6 meses de reclusão e 12 dias-multa, convertida em duas restritivas de direito. “Assim, em se cuidando de condenação anterior à data do pleito, penso que a circunstância do aresto ter sido publicado em 15 de outubro, após as eleições, é incapaz de afastar a inelegibilidade”.
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