Criminal
23 de Julho de 2021 às 14h15
Corrupção pode facilitar contrabando de migrantes e submissão de pessoas a trabalho escravo
Série Mercado Humano mostra como atos corruptos praticados por agentes públicos podem facilitar tráfico interno e internacional de seres humanos
Print de tela: Secom/MPF
O principal alvo dos traficantes de pessoas no mundo são os mais vulneráveis, como migrantes, pessoas sem emprego, mulheres e crianças. É o que aponta o relatório divulgado este ano pela Organização das Nações Unidas (ONU). A atuação dessas redes criminosas é facilitada por atos corruptos praticados por agentes públicos, que possibilitam a saída ou a entrada das vítimas nos países, emitem documentos falsos, repassam informações privilegiadas aos criminosos. As vítimas acabam sendo contrabandeadas e submetidas a trabalho escravo. Esse é o assunto da segunda reportagem da série produzida pelo Ministério Público Federal (MPF) no mês de combate ao tráfico humano para o programa Interesse Público, veiculado na TV Justiça.
O episódio retrata como a corrupção pode ser via de acesso para o tráfico interno e internacional de pessoas submetidas a trabalhos forçados em condições desumanas. “Existem agentes públicos envolvidos, na aduana, por exemplo, ou na fiscalização, que são coniventes com esse tipo de prática, e recebem algum favor”, explica o procurador da República Gustavo Nogami, que integra a Rede Ibero-Americana de Combate ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Imigrantes. O Brasil tanto recebe imigrantes para exploração ilegal de mão de obra, quanto exporta brasileiros para serem submetidos a trabalhos forçados nas mais diversas atividades, como lavoura, tarefas domésticas, confecção, prostituição, entre outros.
As mulheres e crianças são as principais vítimas. De acordo com o relatório da ONU, do total de casos de tráfico registrados no mundo em 2018 (dado mais recente), quase metade das vítimas eram mulheres e 20% meninas. Já o número de crianças afetadas triplicou nos últimos 15 anos. Enquanto as meninas são mais traficadas para exploração sexual, os meninos são mais usados para trabalhos forçados. Na maior parte das vezes, as vítimas são atraídas por falsas promessas de emprego digno. No entanto, ao chegarem ao local prometido acabam sendo submetidas a trabalhos forçados, são obrigadas a contrair dívidas e têm os documentos retidos pelo empregador.
Série – Composta por três reportagens, a série Mercado Humano mostra como a corrupção pode estar associada ao tráfico de pessoas, seja pela omissão de agentes públicos na fiscalização do crime ou pela atuação intencional como facilitadores. O primeiro episódio, veiculado na última semana, abordou o tráfico de pessoas para fim de exploração sexual. Já a matéria da próxima semana (última da série) vai falar sobre a conexão entre esses crimes com vistas à adoção ilegal de crianças e à comercialização de órgãos. Também haverá a estreia do quadro IP Responde, em que a secretária adjunta de Cooperação Internacional do MPF, Anamara Osório, vai explicar o significado do termo em inglês “sextortion”.
Onde assistir – O Interesse Público é veiculado nacionalmente pela TV Justiça às sextas-feiras, às 20h, com reprise aos domingos, às 17h30, e em outros dias da semana (assista ao vivo). Você também pode acompanhar o programa pela internet, no site da TV Justiça, ou acessar as reportagens no Canal MPF, no YouTube.
Secretaria de Comunicação Social
Procuradoria-Geral da República
(61) 3105-6409 / 3105-6400
pgr-imprensa@mpf.mp.br
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O principal alvo dos traficantes de pessoas no mundo são os mais vulneráveis, como migrantes, pessoas sem emprego, mulheres e crianças. É o que aponta o relatório divulgado este ano pela Organização das Nações Unidas (ONU). A atuação dessas redes criminosas é facilitada por atos corruptos praticados por agentes públicos, que possibilitam a saída ou a entrada das vítimas nos países, emitem documentos falsos, repassam informações privilegiadas aos criminosos. As vítimas acabam sendo contrabandeadas e submetidas a trabalho escravo. Esse é o assunto da segunda reportagem da série produzida pelo Ministério Público Federal (MPF) no mês de combate ao tráfico humano para o programa Interesse Público, veiculado na TV Justiça.
O episódio retrata como a corrupção pode ser via de acesso para o tráfico interno e internacional de pessoas submetidas a trabalhos forçados em condições desumanas. “Existem agentes públicos envolvidos, na aduana, por exemplo, ou na fiscalização, que são coniventes com esse tipo de prática, e recebem algum favor”, explica o procurador da República Gustavo Nogami, que integra a Rede Ibero-Americana de Combate ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Imigrantes. O Brasil tanto recebe imigrantes para exploração ilegal de mão de obra, quanto exporta brasileiros para serem submetidos a trabalhos forçados nas mais diversas atividades, como lavoura, tarefas domésticas, confecção, prostituição, entre outros.
As mulheres e crianças são as principais vítimas. De acordo com o relatório da ONU, do total de casos de tráfico registrados no mundo em 2018 (dado mais recente), quase metade das vítimas eram mulheres e 20% meninas. Já o número de crianças afetadas triplicou nos últimos 15 anos. Enquanto as meninas são mais traficadas para exploração sexual, os meninos são mais usados para trabalhos forçados. Na maior parte das vezes, as vítimas são atraídas por falsas promessas de emprego digno. No entanto, ao chegarem ao local prometido acabam sendo submetidas a trabalhos forçados, são obrigadas a contrair dívidas e têm os documentos retidos pelo empregador.
Série – Composta por três reportagens, a série Mercado Humano mostra como a corrupção pode estar associada ao tráfico de pessoas, seja pela omissão de agentes públicos na fiscalização do crime ou pela atuação intencional como facilitadores. O primeiro episódio, veiculado na última semana, abordou o tráfico de pessoas para fim de exploração sexual. Já a matéria da próxima semana (última da série) vai falar sobre a conexão entre esses crimes com vistas à adoção ilegal de crianças e à comercialização de órgãos. Também haverá a estreia do quadro IP Responde, em que a secretária adjunta de Cooperação Internacional do MPF, Anamara Osório, vai explicar o significado do termo em inglês “sextortion”.
Onde assistir – O Interesse Público é veiculado nacionalmente pela TV Justiça às sextas-feiras, às 20h, com reprise aos domingos, às 17h30, e em outros dias da semana (assista ao vivo). Você também pode acompanhar o programa pela internet, no site da TV Justiça, ou acessar as reportagens no Canal MPF, no YouTube.
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